Sinopse: Há muitos e muitos anos, antes mesmo da invenção da escrita, as pessoas contavam histórias. As mais antigas remontam ao Egito e ao Extremo Oriente, mas possuem raízes nos quatro cantos do mundo: onde quer que tenha pisado o homem, os contos foram levados e recontados, fosse para ensinar os mais novos ou entreter as noites ao redor da fogueira. A Pandorga não ousaria quebrar essa tradição e trouxe a primorosa seleção das mais variadas histórias, reunidas pelo renomado folclorista e tradutor escocês Andrew Lang, O livro azul de fábulas encantadas. Lang organizou e adaptou para o público infantil milênios de tradição oral, tornando acessíveis e atemporais os contos de fadas, sem que perdessem sua identidade, em uma coleção de 12 volumes, Os livros de fadas de Lang. A edição é em capa dura, com fitilho de cetim e ainda traz um pôster de uma das ilustrações originais de H. J. Ford e G. P. Jacomb Hood. Prepare-se para adentrar no universo de anões e gigantes, ogros, trolls, bruxas e fadas, nesta coletânea que reúne tudo aquilo que se espera das fábulas encantadas.
Resenha/Opinião: Desde a minha infância eu sempre gostei dos contos de fadas e fábulas, histórias que de uma forma ou outra transmitem uma tradição, aspectos folclóricos, mas principalmente levam ao leitor alguma lição moral. No caso das fábulas as histórias são normalmente curtas, podendo ser em prosa ou verso, além disso os personagens são normalmente animais, plantas e até mesmo objetos inanimados que falam e se comportam como humanos. Publicado originalmente em 1889, “O livro azul de fábulas encantadas” é o primeiro de doze volumes de contos de fadas compilados por Andrew Lang e esse livro tem nada mais, nada menos do que 37 contos de fadas, todos narrados em forma de prosa por Lang.
O primeiro dos contos é “O anel de bronze” e aqui acompanhamos a história de um filho de jardineiro que se apaixona profundamente pela filha do rei e a princesa por ele. Em busca do seu amor, o rapaz enfrenta inúmeros obstáculos para conseguir a mão da princesa em casamento. Entre os desafios está vencer uma corrida contra o filho do amigo mais próximo do rei, pois esse rapaz também quer se casar com a princesa. O jovem rapaz também deverá curar um velho rei de sua velhice. Mesmo com algumas adversidades o jovem jamais desiste do seu sonho.
Em “Chapeuzinho Vermelho” acompanhamos uma pequena camponesa, a mais bela criatura já vista. A menina recebe uma tarefa de sua mãe, ela deve levar um bolo até a sua avó e para isso ela resolve vestir uma capinha vermelha com capuz. Com o bolo em mãos, Chapeuzinho imediatamente partiu para visitar a avó que vivia em outro vilarejo e para chegar até o local ela precisava cruzar uma floresta, o problema é que ela encontrou um grande lobo em seu caminho que estava faminto e teve a ideia de devorá-la, só que na floresta havia muitos lenhadores e eles certamente iriam defender a menina.
Querendo enganar a menina, o lobo oferece para acompanhá-la até a casa de sua avó, pois ele também gostaria de visitá-la e em determinado momento apostou com a garota quem chegaria primeiro ao destino final. Enquanto o lobo pegou o caminho mais curto, Chapeuzinho escolheu o caminho mais longo e no decorrer de sua caminhada foi colhendo nozes e buquês de todas as flores. Contudo, ao chegar na casa de sua avó, ela ficou surpreendida ao ver a mesma acamada e doente, mas a surpresa maior ficou pela aparência de sua avó.
Em “Aladim e a lâmpada maravilhosa” somos apresentados a história a Aladim, um menino descuidado e desocupado, filho de um pobre alfaiate, o garoto não fazia nada de produtivo com o seu tempo, passava horas e horas na rua juntamente com outros meninos vadios. A mãe de Aladim orava por ele, pedia aos deuses para ele entrar na linha e ser um garoto melhor, mas nada adiantava. Essa situação entristecia o seu pai, que por desgosto acabou morrendo.
Um certo dia, Aladim estava brincando na rua quando um estranho quis saber se ele era filho de Mustafá, o alfaiate. Após a confirmação, esse homem que na verdade era um famoso mago africano confessou que era o seu tio. Desse momento em diante Aladim se viu envolvido em uma trama para encontrar um objeto mágico e valiosíssimo.
O Livro azul de fábulas encantadas tem diversas histórias que são maravilhosas, mas muitas delas tem finais tristes e horríveis, não são contos de fadas no estilo da Disney com finais felizes, são histórias que apresentam finais que nos levam a refletir sobre nossas ações e condutas. Fica claro que nos contos há uma distinção entre o bem e o mal, pois aqui o bem é bom e o mal é mau, não tem meio termo. Nos contos de fadas, há uma clara distinção entre o bem e o mal, pois aqui o bem é bom e o mal é mau, isso me remete ao pensamento de Chesterton: Contos de fadas são mais que verdade; não porque nos dizem que dragões existem, mas porque eles nos dizem que dragões podem ser derrotados.
Em suma, esse livro é incrível e recomendo a leitura para todos que gostam de contos de fadas, mas principalmente para aqueles que querem ler contos que fogem do padrão da Disney com finais felizes, onde tudo é belo e dá certo no final. Para finalizar, quero parabenizar a Pandorga bela belíssima edição, pois a mesma tem inúmeras ilustrações, além disso é uma edição em capa dura, algo que eu particularmente gosto muito.
Deixe uma resposta
Ver comentários