Sinopse: Todas as noites o espírito de Marcos é levado para um passeio ao mundo dos mortos por Dona Morte, para conhecer a história de algumas pessoas que estão estagnadas em um portal do outro lado da vida e que buscam a redenção. Em um desses passeios noturnos, Dona Morte o apresenta a Rosa, uma jovem que morreu aos 17 anos, no dia de seu casamento. Até que a morte nos ampare trata de assuntos sérios de forma leve. Com uma linguagem descontraída, o autor sabe mesclar suspense, drama e momentos divertidos na figura da simpática personagem Dona Morte, que com seu humor sarcástico nos presenteia com grandes ensinamentos e reflexões. A delicadeza para tratar de um tema que a maioria das pessoas ignoram – a depressão, principalmente entre os jovens – e o ritmo de suspense e mistério prende a atenção do começo ao fim e fazem deste livro leitura indispensável. Vejo em Marcos Martinz a inconformidade, a observação e a sensibilidade dos grandes contadores de histórias e prevejo que sua trajetória será vitoriosa em emocionar o público com sua produção de mundos. Suzana Pires, atriz, autora e produtora.
Resenha/Opinião: Uma grande surpresa! Vou começar essa resenha descrevendo o que este livro significou para mim, foi uma leitura leve e ao mesmo tempo profunda de temas importantes e que ainda são tabus na nossa sociedade. Tenho tanto a falar sobre este livro mas ao mesmo tempo tento me conter para não dar algum spoiler e tirar o prazer da surpresa de futuros leitores. A narrativa é envolvente e os personagens cativantes, em alguns momentos me senti sentada em uma mesa tomando chá da tarde conversando com velhos amigos e ouvindo seus relatos de vida, que certas horas me fizeram rir, em outras horas me identificar e também me emocionar.
O autor, de uma forma leve, consegue nos conduzir pela investigação do assassinato de Rosinha, nossa protagonista, no dia do seu casamento e que para ter paz e o descanso eterno, precisa descobrir quem foi o seu assassino, para isso, a Dona Morte, personagem peculiar e com um humor sarcástico, busca ajuda de Marcos, sim, nosso autor é também personagem do livro, confesso que foi a primeira vez que tive essa experiência e gostei bastante.
Durante a leitura acompanhamos os três personagens que vão em busca da verdade, analisando fatos e revendo cenas da vida de Rosinha. Este livro não tem nada relacionado com terror, é na verdade uma janela para reflexão. Foi uma leitura rápida mas muito significativa. Dona Morte nos é apresentada de uma forma inocente e ouso dizer que durante a leitura, após boas risadas, acabei simpatizando com ela.
Necessário, sim, essa seria a palavra que eu escolheria para classificar o livro Até que a morte nos ampare, acredito que muitas pessoas acabam não verbalizando o que sentem por medo de decepcionar os outros e isso acaba nos adoecendo como sociedade cada vez mais. Precisamos sim falar sobre temas delicados mas não é necessário que essa conversa seja pesada ou desagradável para ninguém.
Desejo que este livro passe por todas as mãos possíveis, sendo um alento para aqueles que estão precisando e que se torne um abrir de olhos a todos os outros. Marcos Martinz, que belo trabalho, me sinto honrada de ter lido suas palavras. No mais, boa leitura a todos!
Sobre o autor: Marcos Martinz nasceu em 2001, em Mogi das Cruzes, SP,e mudou-se para a Praia Grande, também no Estado de São Paulo, com 4 anos de idade. Desde criança tem paixão por contar histórias. Precoce, é ator e palestrante, e publicou este livro aos 16 anos, depois de um processo depressivo muito intenso que o levou à tentativa de suicídio. Isso o inspirou a escrever Até que a morte nos ampare, quando colocou toda a sua dor para fora. Nas palavras dele, “foi a tristeza que fez eu me enxergar como autor”. Atualmente, estuda produção Cultural nas Belas Artes – SP, a fim de reproduzir suas obras em diversos segmentos artísticos. Ele faz palestras em escolas sobre o tema depressão e suicídio na adolescência.
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